Que bom seria se o amor fosse como jeans, que vem ano, vai ano e nunca saí de moda.
Ah! Como seria bom se o amor fosse sempre a tendência da estação. Amor em várias estampas, diversos cortes, tecidos, de todos os tamanhos. Seria tão bom ter amor em todas as vitrines. Pensa!
Afinal, assim como o jeans, o amor combina com tudo, não é mesmo? Combina com festa chique, com passeio no shopping, com chá da tarde. Seu caimento é perfeito, seja alto, baixo, magro, gordo, ruivo, loiro, moreno... Assenta com qualquer cor, e se ficar “simples” de mais é só jogar um acessório, pode ser um brilhozinho de humildade, ou uma corrente de carinho, uma aliança de respeito. Pronto! Um arraso!
Amor, amor, amor! A moda que se perdeu com o tempo! O sentimento que cada dia mais é desvirtuado.
Ah, como seria bom ver ele em todas as capas de revistas. Em todos os desfiles televisionados. Em todas as publicidades, nos outdoors, panfletos. Como seria bom tê-lo como padrão de beleza. Como seria maravilhoso ver as pessoas seguirem e se esforçarem para estar na moda.
Se o amor fosse moda não veríamos a anorexia matar. Não perderíamos jovens para as drogas. Não teríamos pessoas saudáveis em depressão por não alcançar o tal padrão de “beleza”, por sinal, venha cá! Cadê a beleza?
Se o amor pudesse ser como o jeans, ele seria básico. Seria peça indispensável! Seria lindo mesmo depois de surrado.
Imagine podermos provar o amor? Podermos suavemente ajustar ele ao nosso corpo. Apertar um dedinho aqui, soltar outro ali. Imagina vestir o amor e sentir-se linda? Brincar com suas cores e texturas. Imagina o amor em todas as estações, em todos os guarda-roupas? Imagina o amor sendo visto como elegante, como a peça chave?
Seria tão bom ver pessoas “morrendo de amor, e ainda assim continuarem vivendo”.
Ah! Eu queria!